Relatório da viagem ao Algarve para o Mundialito de futebol.Relatório da viagem ao Algarve para o Mundialito de futebol.

Este relatório foi elaborado numa parceria com o Paulinho, que antes da viagem todos o conhe-cíamos por Paulão ou Xandão, passando desde já a explicar o motivo da tal alteração:
Estando nós no primeiro pequeno-almoço já em terras algarvias, o nosso amigo (agora) Paulinho dirige-se ao nosso mister e pede-lhe:
Mister! Pode-me passar o docinho... Ora, até ao final da digressão não soubemos ao que o Paulinho se referia, mesmo havendo vários doces em cima da mesa!
Começamos desde logo, por realçar a extrema sensibilidade e emoção do Rochinha e do Rui Figueiredo, que estando ambos a aquecer para entrarem em jogo, foram várias vezes chamados à atenção, algumas vezes com extrema violência (chegaram a tratá-los por tu) por outros jogadores, designadamente o Paulito (não Paulinho), para que estes lhe passassem a bola, quando, segundo eles, estavam fora de campo e ainda não tinham entrado em jogo...
Segundo mister, no primeiro golo sofrido, a culpa não foi de ninguém – até hoje não sabemos a quem ele se referia, nem quem é conhecido por: “ninguém”! Todavia, há que realçar o tempo de salto e a impulsão do Madureira.
Na perspectiva dele deve ter saltado uns bons 80 cm acima do solo, na perspectiva real ficou pregado (no sentido literal da palavra) no solo...
Como também, o Carlos(Guarda redes) na sua já habitual: é minha, já não é, é minha outra vez e afinal já não é novamente, acabou por conseguir tocar na bola.
Realça-se neste jogo o gesto técnico fabuloso do Ribeiro, que ao aplicar propositadamente uma rosca na bola, atrasou-a para o guarda-redes – Se o árbitro soubesse que ele é assim tão evo-luído tecnicamente, lá teria marcado uma falta por atraso ao guarda-redes!
Neste jogo é importante frisar que os nossos jogadores experimentaram e verificaram que estavam muito velozes.
Como foi o caso do Zé Carlos, que com um passe propositado para o avançado, isolou-o, e depois ao testar a sua velocidade, conseguiu recuperar a bola. Ou seja, num lance feito propositadamente: testou a velocidade dele e a eficácia do adversário...
O Zé Lourenço continua a fazer passes magistrais, mesmo quando são para um lugar onde não está ninguém, exceto o adversário, chama o Zeca e diz: Estás a dormir, vai ao encontro da bola. Aliás esta versão não é nova e, já em tempos idos, o nosso amigo Manuel Silva confirmou esta versão quando nunca errou um passe na vida, o colega é que não estava no lugar que devia estar...
Já o Berito, no primeiro jogo, estava com notórias dificuldades na locomoção. Viemos a saber posteriormente que não tinha obrado e isso fazia com que o peso dessa parte do corpo fosse de tal forma que andava, quando devia correr... Mesmo marcando os dois golos, o nosso amigo Vitor deve jogar com as botas apropriadas e deixar as pantufas em casa.
É que isto de ir jogar de pantufas fez com que parecesse uma bai-larina muito elegante, tal os gestos de elevada genialidade artística...
Algo que é muito importante realçar é a extraordinária perceção do Rui Figueiredo, quando estava quase a perder a bola para um adversário por este estar em cima do lance, ele numa sagacidade e inteligência fora do normal, ao verificar que a correr já não chegava à bola, mandou-se pelo chão, REBOLOU e tocou a bola para o Rochinha. Já o Ramiro, com a sua velocidade estonteante, numa jogada de mestre, quase conseguiu fintar um defesa-esquerdo que tinha a bonita idade de quase 85 anos, mas cuja sua rapidez sur-preendeu este nosso amigo…
Não nos podemos esquecer do Rochinha e do Paulito que pelo que falaram durante os jogos, nota-se que estavam muito bem no que toca à língua, concluindo-se que estes dois meninos têm feito, sem que nós saibamos, grandes treinos orais...
No plano meramente desportivo, acabámos no terceiro lugar, como foi amplamente divulgado. No entanto, deve-se esclarecer toda a comunidade e legião de fãs dos veteranos, que na terceira parte fomos claramente os melhores, a começar pelo nosso líder, Mister Eduardo, que em cada refeição, apenas se ia servir quatro a cinco vezes e quando, numa das refeições, alguém, muito discretamente, o chamou à atenção que já era a sexta vez que ir buscar comida, ele respondeu: mas é só peixe! E ainda falta a sobremesa…
 Diga-se também, em abono da verdade, que o nosso querido colega Zeca, tentou durante todo o tempo em que se esteve por terras algarvias, que nas fotos ficasse um bonito seguido de um feio, outro bonito e novamente um feio, mas tal nunca foi possível.

Tal desiderato só se conseguiu consumar, quando perfilaram, na atribuição do terceiro e quarto lugar, os nossos veteranos e os veteranos de Viseu, que ficando todos juntos em que cada um dos nossos tinha um de cada lado dos deles, a contagem do bonito começou no Paulito, nosso fantástico jogador… Para terminar, e com toda a isenção, para mais com a indicação do Berito, a bola sempre que ia para os pés do Zé Chaves, ouviam-se uns violinos numa composição de Vivaldi que a todos encantava, tal os gestos de elevado recorte técnico...

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